João Barata Feyo

1938 | Oeiras, Portugal


Escultor, Arquiteto e Professor Universitário

Em 1949 fixou-se no Porto; o Pai lecionava na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Escultor pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, com a Tese, “Grupo Escultórico”, classificado com dezanove valores.

Arquiteto pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto em 2014, realiza a dissertação de Mestrado, “Arte Pública – D. João VI no Passeio Atlântico” - ciclo de estudos integrado conducente ao grau de Mestre em Arquitetura

Professor Jubilado da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.

Frequentou a Secção Preparatória de acesso à ESBAP na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis.(1956-1957) e o curso de Escultura da Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1957-1963), Para o exame final, realizado em 1966, apresentou o trabalho "Grupo Escultórico", que viria a ser qualificado com 19 valores.

Durante a formação académica foi discípulo de Barata Feyo, Dordio Gomes, Heitor Crames, Lagoa Henriques, Júlio Resende, Doutor Artur de Gusmão e Arq. Fernando Távora.

1969, curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e lecionou na Escola Industrial e Comercial de Gondomar.

Em 1972 foi nomeado primeiro-assistente do quadro da Escola Superior de Belas-Artes do Porto, após ter realizado o Concurso de Provas Públicas de obtenção do título de Professor Agregado em Escultura, encetando uma carreira académica nesta instituição como primeiro-assistente, do quadro, e depois Professor Auxiliar e Professor Agregado.

No exercício da sua atividade docente, participou nas Assembleias de representantes da Escola, no Conselho Científico e no Conselho Diretivo, sendo eleito membro efetivo da Senado Universitário da Universidade do Porto e da Avaliação das Universidades Portuguesas.

No seu percurso refira-se também a ação como arguente e vogal nos Concursos de Provas Públicas para a obtenção do título de Professores Agregado de Escultores nas Faculdades de Belas-Artes do Porto e de Lisboa, entre 1981 a 1994.

Participou na renovação e reforma do ensino artístico da Escola Superior de Belas-Artes do Porto (1974-1981) e colaborou em atividades de dinamização cultural aquando das Comemorações do Bicentenário da Faculdade de Belas Artes do Porto (1979-1981).

É autor de uma variada obra plástica, nas áreas da escultura, do desenho, da medalhística e da pintura, exposta em espaços públicos e privados assim como em exposições de forma individual desde 1964.e coletiva, desde 1958 nomeadamente; as Exposições Magnas da E S B A P, Exposições dos Novíssimos C, “Levantamento de Arte do Século XX no Porto”, Coletiva Portus/Cale, do“O Nu “e “Grande Composição “integradas no Bicentenário da. E S B A P, a das “Esculturas no Jardim”, Ministério da Cultura, 1ª Bienal de Esculturas Ao Ar Livre das Caldas da Rainha, Arte no Porto Há 25 Anos - Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, a Exposição ESBAP/FBAUP - Museu dos Transportes e Comunicações, Misericordiae Vulti – Mosteiro de Grijó.

É autor de numerosas obras escultóricas caraterizadas por formas sóbrias em harmonia com o local a que se destinam, e com um caracter cujo estatismo das linhas de força, o equilíbrio e as proporções, o talho dos volumes, a disciplina das composições, o tratamento das superfícies, dão, na simplificação formal que dia a dia vai adquirindo, uma sobriedade de meios e de aspetos que todos conjugados, obterão uma maior unidade formal, dentro de uma maior monumentalidade. Dividem-se entre as obras públicas, que respondem às exigências dos espaços e dos proponentes, e, as obras de cariz mais pessoal, de maior liberdade, próximas do expressionismo figurativo. Na obra monumental segue a tradição portuguesa contemporânea da estatuária tradicional, abordando muitas das figuras centrais da cultura e da história portuguesas, mas usa no bronze, o seu material de eleição.

Colaborou como discípulo com Mestre Barata Feyo na ampliação e modelação de muitas estátuas ou monumentos realizados entre 1955 e 1972. como o Monumento ao Infante D. Henriques, Bartolomeu Dias, Flora, Estatuas para a Ponte da Arrábida, as estátuas para o Palácio de Justiça do Porto, Estátua Equestre de D. João VI, a Estátua Equestre de Vímara Peres e monumento a António Nobre.

Produziu esculturas, baseadas num desenho cuidadoso e estruturado numa linguagem simples, sóbria e grandiosa. Concebeu-as em madeira, ferro e barro, mas sobretudo em bronze, material dominante em obras como: a Menina do Arco; Lei e Justiça para o Palácio de Justiça - Póvoa de Varzim; monumento ao Emigrante para Monção; busto de Frei Manuel de Santa Inês; imagem em madeira policromado Nossa Senhora da Conceição - Sameiro Braga; busto do Padre Ismael de Matos; Ascensão de Cristo para a Igreja da Areosa; Baixo-Relevo de S.to António para Igreja Paroquial de Corim; “Homem Alado”- Aeroporto Lisboa; Busto do escritor João A. Nabais; Dois altos-relevos alusivos ao Imperador Trajano; Monumento a Nossa Senhora da Conceição – Fafe; monumento “Homenagem à População Rural do Concelho” – Bragança; monumento “Soldados da paz”- Vila Meã; cinco vitrais destinados à Igreja Paroquial de Corim; Medalha Comemorativa da Sociedade Figueira Praia; busto do Comendador Fernando da Silva Mendonça; entre outros.

Foi distinguido com o prémio da Comissão da Imprensa e Crítica de Arte, na Primeira Bienal de Paris, prémio “Mestre Manuel Pereira”, do Secretariado Nacional de Informação, prémio de Escultura na Exposição de Artes Plásticas da Queima das Fitas da Universidade de Coimbra, prémio no Concurso da Medalha Comemorativa da União de Bancos Portugueses.

João Barata Feyo
João Barata Feyo
João Barata Feyo
João Barata Feyo
João Barata Feyo