Miguel D'Alte


A 2 de Fevereiro de 1954, Miguel ngelo d’Alte Rodrigues nasceu em Braga.

Entre 1960 e 1973 mora, com a família, em Moçambique.

Desde 1968 que o Diário de Moçambique publica desenhos de Miguel ngelo Rodrigues, aluno da Escola do Macúti, destacando a sua “habilidade rara”.

De 10 a 17 de junho de 1973, no âmbito da VI Exposição Educação Estética, organizada pela Delegação Regional MP MPF, Beira, Moçambique, é-lhe atribuído o 3º Prémio de Pintura a óleo juvenil.

No Porto, morou sempre na Rua da Igreja de Cedofeita, casa que pertencia aos seus pais e que continua na posse da família.

Em 1975 expõe, pela primeira vez, na Galeria O Primeiro de Janeiro, Porto, ao lado de Ana Cinzento e José Rodrigues.

Em 1976 ingressa no curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP). Participa nas exposições anuais de alunos da ESBAP relativas aos anos letivos de 1976/1977 e 1977/1978, sempre com vários trabalhos selecionados.

Em finais de julho de 1977 é apanhado, com outro colega das ESBAP a “fumar um cigarro de liamba”. Possuía mais “duas pequenas embalagens de liamba”, como se noticia a 31 de julho de 1977. É julgado, pelo Tribunal da Comarca do Porto, pelo crime de “uso de estupefacientes”.

Em 1978 vence o Prémio de Pintura Fernando de Castro, no valor de 5.000,00€, atribuído pelo Ateneu Comercial do Porto a um aluno da ESBAP que, no anterior ano letivo se tenha destacado.

Desde 1978 participa em várias exposições coletivas organizadas pela Cooperativa Árvore.

De 19 de janeiro a 7 de fevereiro de 1978 participa na Exposição Coletiva, organizada pelo Grupo Abril, na Cooperativa Árvore.

Em 1979, participa na exposição coletiva “A Mulher” e na de Apoio às Vítimas da Seca em Moçambique, organizadas pela Cooperativa Árvore.

Em 1980 participa na I Exposição Coletiva de Sócios da Cooperativa Árvore e na II Bienal de Cerveira.

De 31 de julho a 30 de agosto de 1981 participa na II Exposição Coletiva da Árvore.

No ano letivo de 1981/1982 tem 20 valores à disciplina de Estética do curso de Pintura da ESBAP, ministrada por Álvaro Lapa.

Em 1981, na Associação de Arte Espaço Lusitano, no Porto, Miguel d’Alte promoveu a ação “Trocando pinturas…”.

Entre maio e junho de 1982 organiza-se a sua primeira exposição individual, na Cooperativa Árvore, Porto, intitulada “Pintura(s)”.

Em 1982 participa na III Bienal de Cerveira e, após a intervenção em pedra que fez no monte da Sra. da Encarnação, em Vila Nova de Cerveira, a Câmara Municipal atribui-lhe uma medalha.

O Comércio do Porto de 7 de agosto de 1982 também dá nota da intervenção, em artigo intitulado “Como reação à “cultura de consumo”: Artesanato e arte ao vivo em Vila Nova de Cerveira”.

O Expresso de 28 de agosto de 1982 dedica uma página, com artigo intitulado “Desafio à paisagem”, à intervenção de Miguel d’Alte.

O Jornal de 10 de setembro de 1982 faz menção da sua intervenção em pedra, no âmbito da III Bienal de Cerveira.

Entre novembro e dezembro de 1982 participa na ARÚS I Exposição Nacional de Arte Moderna, promovida pela Araújo & Sobrinho, SCRS/Porto, no Museu Nacional Soares dos Reis.

Em 1984 participa na 1ª Exposição de Artistas Jovens, no Ateneu Comercial do Porto (Organizada pela Galeria Alvarez) e recebe o Prémio de Pintura exa-quo com Raquel Sebastião.

Entre 9 e 26 de maio 1984 é organizada na Galeria Alvarez a sua segunda exposição individual, comissariada por Eurico Gonçalves. Esta exposição é sobejamente difundida na imprensa nacional e local.

Em junho de 1984 participa na Exposição Nacional de ‘Pequeno Formato’ Organizada pela Cooperativa Árvore.

No Verão de 1984, participa na IV Bienal de Cerveira.

Entre setembro e outubro de 1984, participa na exposição Novos, Novos na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, comissariada por Eurico Gonçalves.

N’ O Jornal de 25 de janeiro de 1985, no “Guia de Artes Plásticas” de Eurico Gonçalves, destaca o trabalho de Miguel d’Alte.

N’ O Jornal de 1 de fevereiro de 1985 referência a Miguel d’Alte no artigo “Nova geração de artistas portugueses”, de Eurico Gonçalves.

De 15 de dezembro a 15 de janeiro de 1985 participa na exposição coletiva “1ª feira franca de Artes”, em Lisboa, organizada pela Galeria Olharte, da qual é um dos responsáveis, juntamente com Helena Lopes, Jorge Lopes e José Pedro Aguiar.

Em 1985 é referido no livro “10 anos de artes plásticas e arquitetura em Portugal, 1974-1984, da autoria de Rui Mário Gonçalves Francisco da Silva Dias, editado pela Caminho.

Entre 21 de janeiro e 4 de fevereiro de 1985, organiza-se na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa, a sua terceira exposição individual.

No dia 22 de março de 1985, inaugurou na Galeria Astolfi, em Cascais, exposição coletiva de pintura e desenhos. O outro autor que figurou nesta exposição foi Paiva Raposo.

É também em 1985 que inicia profícua colaboração com a Galeria Roma & Pavia. Participa na exposição coletiva “Nove quadros da nova figuração”.

Ainda em 1985, a Roma & Pavia organiza-lhe, entre 24 de maio e 8 de junho, nova exposição individual.

Entre 13 de outubro e 30 novembro de 1985 é selecionado para a Exposição Nacional de Artes Plásticas, organizada pelos Artistas de Gaia e realizada na Casa-Museu Teixeira Lopes em Vila Nova de Gaia. Dos 99 trabalhos expostos, o seu é um dos 4 premiados. Recebe o Prémio Talens, no valor de 50.000$00.

De 24 de janeiro a 3 de fevereiro de 1986, participa na exposição coletiva “Pintura 1986” organizada pela Galeria Roma e Pavia, no Porto.

De 28 de fevereiro a 12 de março de 1986, exposição individual intitulada “Memórias”, organizada pela Galeria Roma e Pavia, no Porto.

Em 1986, participa na exposição “80 Anos de Arte no Porto”, comemorativa no 80º aniversário do Futebol Clube do Porto.

No Verão de 1986, participa na V Bienal de Cerveira.

No Ano Letivo 1986/1987 é Professor de Pintura na Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore I, no Porto.

De 7 a 28 de novembro de 1986 participa na exposição coletiva “Um certo Aroma Surrealista”, no Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, organizada pela Galeria Roma & Pavia.

O Jornal Notícias de Gaia de 25 de novembro de 1986, publica, na página 4 extensa entrevista sua, com Lopes Barbosa, intitulada: “Miguel d’Alte: a forma dos sons”.

Também em 1986, a Galeria Roma & Pavia organiza nova exposição individual de Miguel d’Alte, desta vez comissariada por Eduardo Paz Barroso.

O Jornal de Notícias de 16 de novembro de 1986, no artigo “Perfumes de uma atmosfera rica”, de Eduardo Paz Barroso, refere o pintor Miguel d’Alte.

No Ano Letivo 1987/1988 é Professor de Pintura na Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore I, no Porto.

Em julho de 1987 participa na VI Exposição de Artes Plásticas Portuguesas “Operação Ensino Árvore”, no Porto.

Em 1987, participa na exposição “Expresso do Norte”, organizada pela Galeria Pequeno Formato, em Lisboa;

Em 1987, integra o stand da Roma & Pavia na feira de arte “Marca-Madeira”, no Funchal.

Também em 1987 participa na exposição Navegações I, Cooperativa Árvore, Porto, organizada por Eduardo Paz Barroso.

Neste ano participa na III Bienal Nacional de Desenho que decorre no Porto, entre 4 e 27 de julho.

De 11 a 24 de março de 1988 a Galeria Roma & Pavia, organiza-lhe nova exposição individual, intitulada “Sete pinturas recentes”, desta vez comissariada por Bernardo Pinto de Almeida.

Entre abril e maio de 1988, participa na mostra coletiva de artes plásticas “Fragmentos”, organizada pela Associação de Pais e Encarregados de Educação do Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas e realizada no Salão Nobre da Casa do Povo daquela localidade.

Neste ano participa na Momento Bienal de Arte 01, que decorre em Vila do Conde, de 8 a 24 de julho.

Integra o catálogo editado pela Galeria Roma e Pavia por ocasião do “Fórum de Arte Contemporânea”, Lisboa (1988) e da “ARCO Feira Internacional de Arte Contemporânea”, Madrid (1989).

Em 1990 casa com Ana Venade e muda-se para Lisboa, para a Rua de São Lázaro.

Entre 31 de maio e 30 de junho de 1991, participa na exposição coletiva Homenagem a Amadeo de Sousa Cardozo e Teixeira de Pascoaes, Casa de Tardinhede Gatão, em Amarante, organizada por Jaime Isidoro/Grupo Alvarez.

A 23 de abril de 1992 nasce o seu primeiro e único filho, Afonso Rodrigues.

A partir de 1992 “é apoiado material e psicologicamente pela Cooperativa Árvore”.

Neste ano participa na XI Exposição Coletiva da Árvore.

No âmbito da Queima das Fitas de Coimbra, de 1993, desenha a caricatura da sobrinha Sónia Maria de Alte R. e M. Varela para a publicação dedicada aos “Novos Fitados de História”.

Entre 23 de abril e 16 de maio de 1993 tem lugar uma exposição individual, na Cooperativa Árvore, Porto, comissariada por Fátima Lambert.

O Diário de Notícias de 13 de maio de 1993, pelas mãos de Eurico Gonçalves, dedica-lhe artigo na página 14, intitulado: “Miguel d’Alte: o espaço real e ilusório da pintura”.

Entre 25 de julho e 22 de agosto de 1993, exposição coletiva no Museu Municipal de Loures, na Casa do Adro.

Em junho de 1993, participa na Exposição de Apoio à Liga Portuguesa Contra o Cancro, organizada pela Cooperativa Árvore.

Entre 18 de dezembro de 1993 e 7 de janeiro de 1994, participa, em Évora, na exposição coletiva, a propósito do 10º aniversário, da Teoartis Galeria, patente nos espaços do Museu de Évora e do Palácio D. Manuel.

Entre 29 de março e 9 de abril de 1994 organiza-se uma exposição individual no Bar Califa, em Coimbra, com texto, em catálogo, de Henrique Silva.

Em 1994 é selecionado para a exposição Premiados Espólio e História das Bienais de Cerveira, que decorre no Solar dos Castros, Vila Nova de Cerveira.

Em 1994 participa na XII Exposição Coletiva dos Sócios da Cooperativa Árvore, Porto.

Entre agosto e setembro de 1994 tem uma exposição individual na Casa das Artes, Tavira.

Entre Novembro e dezembro de 1994 participa na Bienal A.I.P., Tendências dos anos 90, Europarque, Santa Maria da Feira.

De 9 de junho a 6 de agosto de 1995, organiza-se no Museu dos Transportes e Comunicações, no Porto, uma exposição retrospetiva da ESBAP/FBAUP em que Miguel d’Alte se encontra representado.

Entre 4 de agosto e 3 de setembro de 1995, participa na XIV Exposição Coletiva dos Sócios da Árvore.

Entre 14 de setembro e outubro de 1995, organiza a exposição individual Pinturas 1980/1995, no Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, Lisboa.

A 21 de setembro de 1995, Eurico Gonçalves dedica-lhe crítica na página 11 do Diário de Notícias, sobre o título: “Miguel d’Alte: 15 anos de pintura”.

Em abril de 1996 está representado na exposição coletiva Diver(s)idades, comissariada por Cristina Azevedo Tavares, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa.

O Diário de Notícias de 25 de abril de 1996, no seguimento da exposição Divers(i)dades, e pelas mãos de Eurico Gonçalves no artigo da página 10 “Arte portuguesa contemporânea”, faz referência ao seu nome e publica fotografia de uma obra sua.

Em 1996, realiza capa e desenhos para o livro “Poemas e Dilemas dos Marginais”, de Luiza Gonçalves, com execução gráfica da Câmara Municipal de Lisboa. O livro foi lançado no dia 8 de março de 1996, na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa.

Entre outubro e novembro de 1996 participa na II Bienal de Arte A.I.P., Europarque, Santa Maria da Feira.

De 10 a 31 de dezembro de 1996, organiza a exposição individual Pinturas e outras naturezas mortas, no Padrão dos Descobrimentos, Lisboa.

Em 1997 expõe, individualmente, na Galeria Santa Clara, em Sintra.

Em 1997 participa na IX Bienal de Cerveira.

Entre 25 de setembro e 20 de outubro de 1997, organiza-se na Galeria Bar Santa Clara, em Coimbra, exposição individual de pintura.

A 24 de dezembro de 1998, noticia-se, no âmbito de uma homenagem da Câmara Municipal de Matosinhos ao arquiteto Eduardo Souto Moura, que este “recebeu das mãos do autarca [Narciso Miranda] um original de Miguel d’Alte.

Em 1998 participa na II Edição do Prémio Nacional António Joaquim, organizada pelos Artistas de Gaia.

Entre 22 de agosto e 13 de setembro de 1998, participa na exposição coletiva “Maus Hábitos”, organizada pela Casa das Artes de Tavira. Expõem, com Miguel d’Alte, Isaque Pinheiro, João Baeta e Paulo Neves.

Em 1999 participa na II Bienal de Arte da Maia. Recebe o Prémio de Pintura.

Em 1999 participa na X Bienal de Cerveira.

De 12 de agosto a 3 de setembro de 2000, participa na exposição coletiva “Cerveira 2000 Arte Contemporânea”, organizada pela Galeria Projeto Núcleo de Desenvolvimento Cultural.

No ano 2000, de 8 a 27 de setembro, organiza-se na Cooperativa Árvore nova exposição individual, com o título “Pinturas/Colagens Recentes”, com texto de José Alberto Mar.

Após esta exposição, a Cooperativa Árvore corta-lhe o apoio mensal de cerca de 250,00€. Passa a receber, por mês, por parte de Manuel Tavares Correia, a quantia de 750,00€.

Entre 1 de janeiro e 3 de fevereiro de 2002, expõe, individualmente, na Galeria Municipal Artur Bual, na Amadora.

Entre 14 e 25 de agosto de 2002, participa no XVIII Salão de Pintura, integrado na Feira de S. Mateus, em Viseu.

Em 2003 conhece, na Praia de Moledo, a amiga Isabel Portugal. Por esta altura já estaria a residir em Vila Nova de Cerveira.

Em julho de 2004, realiza a ilustração para a capa do livro “Histórias Singelas do Alto Minho” de Diamantino Vale Costa.

Entre 13 de novembro de 2004 e 5 de janeiro de 2005 é organizada a exposição individual “Doze Pinturas”, na Galeria Projeto, na Rua Miguel Bombarda, 572, Porto.

No Verão de 2006 realiza e pinta um dos cervos que estiveram expostos no jardim em frente ao Paços do Concelho, em Vila Nova de Cerveira.

Em abril e maio de 2007 participa nos ateliers de gravura que antecedem a XIV Bienal de Cerveira.

No Verão de 2007 participa nos ateliers de pintura da XIV Bienal de Cerveira.

A 24 de dezembro de 2007 morre em Vila Nova de Gaia, tomado por um comboio.

De 29 de março a 30 de abril de 2008 organiza-se uma exposição individual póstuma na Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, Lisboa.

De 4 a 23 de setembro de 2008 organiza-se uma exposição individual póstuma Evocação de um Amigo, Cooperativa Árvore, Porto.

Em Fevereiro de 2009, A Cadeira de Van Gogh (Porto) organiza a exposição póstuma intitulada “Em casa de Amigos…”

Em 2009, no âmbito da XV Bienal de Cerveira, organiza-se uma exposição individual póstuma Centro Cultural de Paredes de Coura.

Algumas das suas obras integram a exposição coletiva “Casa Habitada”, inaugurada em junho de 2010, na Casa das Artes de Tavira

Miguel D'Alte